Operação apura fraudes em licitações e contratos de obras públicas de BH; prejuízos são estimados em R$ 35 milhões
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Obras da Praça das Águas, em Belo Horizonte, serão afetadas
Divulgação/PBH
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Receita Estadual deflagraram, nesta terça-feira (11), uma operação com o objetivo de apurar indícios de irregularidades na execução de contratos de obras públicas de Belo Horizonte.
Levantamentos preliminares apontam para um possível esquema de direcionamento de licitações e superfaturamento contratual envolvendo agentes públicos e representantes de empresas empreiteiras. Os prejuízos aos cofres públicos são estimados em mais de R$ 35 milhões.
Os suspeitos são investigados por crimes de fraude em licitações e contratos administrativos, corrupção ativa e passiva e atos de improbidade administrativa contra a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), autarquia vinculada à Prefeitura de Belo Horizonte.
Segundo o MPMG, as investigações começaram a partir de uma representação encaminhada pela própria Sudecap.
Durante a operação, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em diversos endereços vinculados aos investigados. Todo o material arrecadado — incluindo documentos, mídias eletrônicas e equipamentos — será submetido à análise técnica e pericial.
Obras com suspeita de fraude
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a Justiça determinou a suspensão de pagamentos às empresas envolvidas na investigação. Dessa forma, serão afetadas as obras na Praça das Águas, na Avenida Cristiano Machado, e do reservatório profundo Vilarinho II.
Ainda de acordo com o município, as supostas irregularidades envolvem dois consórcios e quatro empresas (sendo uma empreiteira e três de consultoria). Todos serão alvos de processo administrativo. Além disso, seis servidores públicos foram afastados por 180 dias por determinação judicial.