Mutirão em hospitais universitários atende mais de 600 pacientes no RJ para reduzir fila do SUS
13/09/2025
(Foto: Reprodução) Hospitais universitários participam de mutirão para reduzir fila do SUS
Mais de 600 pacientes foram atendidos neste sábado (14) em hospitais universitários do Rio de Janeiro durante um mutirão nacional para reduzir a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa foi organizada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com o Ministério da Saúde, e envolveu cirurgias, exames e consultas com especialistas.
A ação aconteceu simultaneamente em cinco unidades: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, ambos no Fundão; a Maternidade Escola da UFRJ, em Laranjeiras; o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Unirio, no Maracanã; e o Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, em Niterói.
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Cirurgias antecipadas
Entre os beneficiados está Alcides José Dias, aposentado, que aguardava há mais de um ano por uma cirurgia para retirada de um tumor na orelha. O procedimento, inicialmente marcado para o fim do mês, foi antecipado para o mutirão.
"Achei estranho, um sábado. Cheguei de manhã cedinho (...) É de graça, né? Tudo que é de graça, até injeção na veia, é bom. Já fiz cirurgia no rosto, câncer de pele, e agora tem esse problema na orelha. Se Deus quiser, vai ser bem-sucedido também”, disse Alcides.
Romilda Duarte Lisboa Wrigg também foi chamada para uma cirurgia especializada, oferecida exclusivamente pelo SUS no Hospital do Fundão. Após a retirada da lesão, exames são realizados para verificar se há presença de câncer.
“Muito bom. Quanto mais rápido tirar, melhor”, afirmou.
Mutirão em hospitais universitários atende mais de 600 pacientes no RJ para reduzir fila do SUS
Reprodução TV Globo
Procedimentos modernos
No Hospital Clementino Fraga Filho, a dona de casa Rosana Oliveira, que sofre de osteoartrite no joelho, passou por um procedimento experimental que alivia as dores.
"É uma dor constante. Mesmo com os medicamentos, não termina. Hoje estou bem melhor”, contou.
O tratamento faz parte de uma pesquisa científica e foi oferecido durante o mutirão.
“É uma oportunidade ímpar. Além de adiantar a fila de pacientes que aguardam cirurgia, trabalhamos com o que há de mais moderno na ortopedia”, explicou o médico ortopedista e professor Marcos Britto.
Ampliação do atendimento
Segundo a assessora da vice-presidência da Ebserh, Ingrid Magatti Lopes, mais de 29 mil procedimentos foram realizados em todo o país neste sábado, sendo 600 apenas no estado do Rio.
“Pretendemos ampliar isso não só nos finais de semana, mas também durante os dias úteis, com mais capacidade e horários estendidos. Queremos transformar esse esforço nacional em rotina nos hospitais”, afirmou.
A secretária de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Fernanda De Negri, destacou que o mutirão faz parte do programa “Agora Tem Especialistas”, voltado para reduzir o tempo de espera por atendimento especializado.
"Identificamos que esse era um dos grandes gargalos do SUS. As pessoas tinham acesso ao atendimento básico, mas demoravam muito para conseguir exames e consultas com especialistas", disse.